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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Entidades estudantis organizam ato em defesa da universidade pública

As entidades estudantis da UFMT estão organizando um ato na quinta-feia (15) em defesa da universidade pública. O ato tem como objetivo expor os problemas da universidade e pressionar a administração para que as reivindicações dos estudantes, professores e técnicos sejam atendidas.
Foi elaborado um manifesto dos estudantes que expõe todos os problemas da universidade e a pauta de reivindicações. Leia na integra abaixo:

MANIFESTO DOS ESTUDANTES:

As entidades estudantis da UFMT vêm denunciar a situação de descaso que vivem estudantes, técnicos e professores devido às políticas educacionais do governo federal. O corte de verbas para as universidades federais, realizado por decreto, se manifestou no não reajuste do salário dos servidores, motivo que desencadeou as greves destes anos, assim como na falta de bolsas para os estudantes, sucateamentos dos laboratórios, falta de professores em sala de aula entre outras dificuldades enfrentadas pela comunidade universitária. 

Muitas destas dificuldades já não são novidades na educação superior que passou pelos anos sombrios de sucateamento no governo FHC e depois sofrendo com a política de "expansão" dos governos do PT como REUNI, no qual ocorreu um inchaço nas universidades sem que as estruturas física e pessoal fossem ampliadas na mesma proporção. O vestibular unificado ampliou o número de estudantes que necessitam de assistência estudantil sem que a oferta por bolsas e moradia estudantil fossem ampliadas conforme a nova demanda, deixando desamparada grande parte dos discentes.

Para piorar ainda mais a situação, no último semestre não foi aberto edital de seleção para veteranos concorrerem a bolsas permanência, alimentação, moradia e casa de estudantes, mostrando assim o descaso para com os estudantes. A UFMT também apresenta um cenário de obras atrasadas, tais como: Casa de estudantes, ampliação do RU, Hospital Veterinário, além das abras de acessibilidade como elevadores e rampas que ou não existem ou não funcionam. 

Já se faz urgente a ampliação da Biblioteca Central bem como a das bibliotecas setoriais que além de estrutura física defasada o acervo tem de ser renovado e ampliado. Os laboratórios estão desatualizados e faltam equipamentos em muitos dos cursos. Os banheiros de boa parte da universidade precisam ser reformados. Estes são só alguns dos muitos problemas que passa a UFMT. 

Dessa forma, o Diretório Central dos Estudantes e os Centros Acadêmicos reunidos no Conselho de Entidades de Base decidiram se manifestar contra esta situação apresentando as seguintes reivindicações:

As principais pautas que agregam a maioria dos cursos e alunos são: 

1. Investimento de 10 % do PIB para a educação pública já e incluir este financiamento no PNE (Plano Nacional de Educação) 2011-2021; 

2. Ampliação do número de bolsas: permanência, auxilio-moradia, auxilio-alimentação e número de vagas na casa de estudante (60% de aumento até o final deste corrente ano). Com ampliação do valor das bolsas.

3. Ampliação dos campos de estágio.

4. R.U. Aberto todos os dias da semana, assim como nos feriados. Abertura para café da manhã e a inclusão de suco nas refeições;

5. Liberação do espaço do campus para realização de congressos estudantis;

6. Conclusão imediata das obras das casas de estudantes (CEU);

7. Abertura de edital para casa dos Estudantes do Jardim Itália assim como um aumento das vagas para moradia estudantil em no mínimo  10% do nº de estudantes da UFMT;

8. Criação de um Centro de Vivências não-comercial e para reunião e eventos dos estudantes universitários, diferente da obra (UFMT-Parque) que esta sendo construído pela reitoria e que só servirá para shopping center de jornalistas durante a copa do mundo de 2014;

9. Garantia de acessibilidade em todos os locais da universidade. Os estudantes perguntam a administração superior: Portadores de necessidades especiais não tem direito a estudar?

10. Contratação de professores e técnicos através de concurso público;

11. Formação de uma comissão permanente de avaliação dos institutos e faculdades;

12. Conclusão imediata de todas as obras que estão com prazo de entrega atrasados. Como o Hospital Veterinário, Obras de acessibilidade, Ampliação do RU , Casa de estudante dentro do campus, Espaço de Vivência do ICHS e Ampliação da biblioteca Central 

13. Que a administração superior da universidade reconheça o zoológico da UFMT como parte integrante e de suma importância para o desenvolvimento educativo e cientifico dos estudantes da UFMT.

14. Compra de equipamentos para os laboratórios.

15. Construção da creche universitária, que além de ser um local que garantirá a permanência de estudantes, professores e técnicos que são pais de crianças pequenas, ainda servirá de local para estágio de estudantes de diversos cursos;

16. Peças de teatro e a ampliação de atividade culturais gratuitas para a comunidade externa e comunidade interna;

17. Garantia das Xerox e Cantinas com o movimento estudantil autônomo.

18. Construção do Hospital Universitário. Administrado pela Universidade.

19. Reforma dos espaços esportivos da UFMT (Quadras Externas)

20. Garantia das aulas de campos para todos os cursos.

Participar da vida política da universidade é estar atento ao que acontece ao seu redor e não ser omisso quanto aos rumos da educação brasileira e da formação profissional. A Universidade Pública tem a função social a cumprir de conseguir mudar o tecido da realidade social com profissionais qualificados tecnicamente e com cidadãos que intervenham no mundo.

Os estudantes da UFMT se mostram presentes na defesa de seus direitos. Exigem dos gestores públicos mais investimento na educação, celeridade no atendimento das pautas estudantis e garantias de que as mesmas sejam cumpridas.

Concentração para Manifestação dia 15/09 às 9h na praça do RU


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