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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É necessário se colocar em movimento na Defesa da Universidade Pública:

CARTA ABERTA AOS ESTUDANTES DA UFMT

É necessário se colocar em movimento na Defesa da Universidade Pública:

Não é novidade para nenhum estudante que a universidade pública vive uma situação complicada, pois as consequências do REUNI já são sentidas no dia-a-dia de cada um. Com esse decreto, o número de estudantes nas universidades aumentarão 100 % até 2012, porém ao mesmo tempo não terá um aumento proporcional de professores e estrutura. O RU está com filas cada vez maiores em tempo de funcionamento e a Casa do Estudante no Campus ainda não saiu do papel, mesmo com o aumento do número de estudantes de outros estados devido ao NOVO ENEM.
A situação complicou ainda mais com algumas medidas tomadas pela presidente Dilma, como o corte no orçamento de 50 bilhões para as áreas sociais, sendo parte deles 3 bilhões para a educação. Somado a isso o arrocho salarial que a Presidente pretende fazer aos servidores públicos federais que na sua grande maioria se encontra com salários defasados.
Toda essa situação está gerando várias mobilizações para garantir o direito de uma universidade pública e de qualidade por parte dos estudantes, técnicos administrativos e professores. Assim, os técnicos se encontram em greve e se colocam em movimento em diversas localidades. Os estudantes em várias universidades do país, como na UFF, UFSM, UFPA, UEM, UFPR,UFAL, UFSC, UFRB ocuparam suas reitorias ou construíram uma greve estudantil, assim como os estudantes de Medicina da UFMT que fizeram uma Greve de 60 dias contra as consequências do REUNI e pela construção do Novo Hospital Universitário.
Esses colegas nos mostraram que não podemos ficar parados, pois as condições das universidades públicas são semelhantes em todo o país.É preciso urgentemente que o DCE da UFMT assuma o papel de entidade combativa e de luta e que não deixe o bonde da história passar. O Diretório Central dos Estudantes da UFMT só chamou a discussão da greve dos professores ocorrida nas últimas semanas, devido a pressão provocada pelos Centros Acadêmicos. Dessa forma, atrasou o debate e a organização dos estudantes, mesmo com o indicativo de greve docente deliberado a meses. Perdeu, assim, o momento oportuno para a unificação de greve entre as três categorias presentes na Universidade, tendo em vista que os técnicos estão paralisados a meses com RU e Biblioteca não funcionando, criando as condições para unificar estudantes, professores e técnicos.
Não ficamos paralisados somente na crítica e divergências com a atual direção do DCE da UFMT, viemos a público chamar a unidade e propor uma série de ações para que nossa entidade geral se coloque em movimento na defesa dos direitos dos estudantes e pela universidade pública. Assim, a frente de luta dos Centros Acadêmicos, que recentemente esteve nas ruas defendendo e organizando os estudantes em defesa do Passe-Livre e da SANECAP, propoem:
*Criar um calendário de lutas e mobilizações e chamar a unidade com os técnicos e professores em defesa da universidade pública.
*Que o próximo dia 15/09 seja um dia de luta e paralisação em defesa da Universidade pública, com manifestação unificada entre as 3 categorias se dirigindo à Reitoria da UFMT.
*Que sejam construídas as pautas de reivindicações para iniciar um diálogo de negociação com a reitoria, com as seguintes necessidades:
- pela contratação de professores efetivos;
- pelo término das construções conquistadas com a greve do ICHS, como a da casa do estudante, ampliação do RU, o espaço de vivência no ICHS, cantina e Banheiros;
- pela garantia das Cantinas e Xérox para o movimento estudantil;
- pela construção do Novo Hospital universitário;
- pelo termino das obras do hospital veterinário;
- Pela garantia das aulas de campo;
pela ampliação da assistência estudantil (Ampliação do numero de bolsas e pelo reajuste de seus valores);
- pela contratação de mais técnicos;
- pela construção da creche universitária;
- pela construção do espaço de vivência da UFMT;
- pela reforma imediata dos espaços esportivos da UFMT (quadras externas);
- pela ampliação da Biblioteca Central e aquisição de mais livros;
- por mais laboratórios e com equipamentos modernos;
- pela ampliação dos campos de estágios.
*Sabemos que grande parte das pautas já foram prometidas pela administração superior através da greve dos estudantes do ano passado e por meio de outras mobilizações.Contudo, a administração superior está atropelando essas consquistas e retirando os nossos direitos.
*Que a partir da primeira semana de volta as aulas os centros acadêmicos se compromentam a realizarem assembléias nos cursos para assim ampliar as pautas de reivindicações e criar condições de mobilização com o conjunto dos estudantes.
*Que a gestão do DCE realize CEBs e Assembleias nesse periodo de mobilizações e que sejam intensificadas essas ações para garantir a participação democrática do conjunto dos estudantes.
Temos a certeza que com essa contribuição e de outras que virão dos demais estudantes no CEB do dia 09/09 poderemos recuperar o tempo perdido e nos inserirmos enquanto estudantes no lugar onde nós nunca deveríamos ter saído, que é no centro das mobilizações em defesa da universidade pública. Vamos juntos fortalecer a resistência .
Saudações de luta e Conte conosco nessa Batalha!
Frente de Luta dos Centros Acadêmicos

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